Monday, November 27, 2006

Wednesday, November 22, 2006

Represento o Mar.


A minha vós tornou-se a dele, os meus ouvidos também. Não sei se é fácil de entender, mas, tornando a coisa mais fácil ainda, digo que estou a encarnar o Velho.
O Velho diz-me que esta descontente, desmoralizado ou mesmo descontente. Diz-me que somos uns tolos, não aproveita-mos as diferentes oportunidades que nos são dadas. Quer como ele com nós próprios.
Também me diz que não somos verdadeiros naquilo que fazemos, representamos. Não somos verdadeiros com a nossa própria personalidade, maneira de estar.

Hoje faço um acordo: um acordo que visa muito em tentar ser verdadeiro. É obvio que há sempre aquelas mentiras que somos forçados a faze-las, pois a mentalidade, não chega a esse ponto.
Mais uma vez, recordo o episódio passado nas ilhas das Caraíbas, antes da chegada dos descobridores. Uma terra sem doenças, completamente livre e limpa.
Dificilmente fazemos esse quadro hoje, pois o que vemos à nossa volta é desenvolvimento negativo, destruição e preconceitos das decisões de vida que as pessoas tomam na vida.



( Sentado no alto, a ver o Mar, entre as folhas da arvore. Pensava no que reparei à minha volta no caminho de regresso a casa.)

Monday, November 20, 2006

D. Afonso Henriques

Pai, foste cavaleiro.
Hoje a vigília é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força!

Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infiéis vençam,
A benção como espada,
A espada como benção!

"Mensagem" Fernando Pessoa

Thursday, November 09, 2006

Aquele som.



Quem me dera, quem nos dera, caminhar sobre um manto de folhas das árvores caídas sobre o chão. Pisar e ouvir todo o ranger por baixo de nós. Sentir a natureza a entrar por entre o dedos, sentir a natureza mais perto de nós. Ouvir com atenção os sons que nos rodeiam. Ouvir aquele som do pássaro a bater na árvore, ou do velho instrumento ao fundo. Chamando-nos para um serão de convívio e harmonia.
Não sei, mas sempre que falo deste assunto sinto uma alegria a subir por mim. Será vontade de o fazer? Ou simplesmente falando, consigo sentir tudo isto que falei? O que é certo é que não me sai da cabeça. Ainda bem!

Thursday, November 02, 2006

Velha Tendinha

Junto ao arco do Bandeira
Há uma, loja a tendinha
De aspecto rasca e banal

Na história da bebedeira
Ai aquela casa velhinha
É um padrão imortal

Velha taberna
Nesta Lisboa moderna
És a tasca humilde e terna
Que mantém a tradição

Velha tendinha
És o templo da pinguinha
De dois brancos de gembrinha
Da boémia intuição

Noutros tempos fadistas
Vinham já grossos das hortas
Pró balcão caturrar

E os fidalgos e os artistas
Iam p’rai a horas mortas
Ouvir o fado e cantar

Velha taberna
Nesta Lisboa moderna
És a tasca humilde e terna
Que mantém a tradição

Velha tendinha
És do templo da pinguinha
De dois brancos de gembrinha
Da boémia intuição