Thursday, November 02, 2006

Velha Tendinha

Junto ao arco do Bandeira
Há uma, loja a tendinha
De aspecto rasca e banal

Na história da bebedeira
Ai aquela casa velhinha
É um padrão imortal

Velha taberna
Nesta Lisboa moderna
És a tasca humilde e terna
Que mantém a tradição

Velha tendinha
És o templo da pinguinha
De dois brancos de gembrinha
Da boémia intuição

Noutros tempos fadistas
Vinham já grossos das hortas
Pró balcão caturrar

E os fidalgos e os artistas
Iam p’rai a horas mortas
Ouvir o fado e cantar

Velha taberna
Nesta Lisboa moderna
És a tasca humilde e terna
Que mantém a tradição

Velha tendinha
És do templo da pinguinha
De dois brancos de gembrinha
Da boémia intuição

No comments: