Monday, October 30, 2006

Desta vez Guimarães

Mais uma vez fui viajar. Fui até ao berço da nação, Guimarães. Guimarães, velha Guimarães! Conforme anda-mos por aquelas ruas, sentimos o odor de conquista, a pressão de ser uma cidade de Deus.
E bonito ver o Rio, e sentir a bruteza da pedra. Olhar para a estatua de Afonso Henriques e pensar:
Como será que a fundação desta nação? Será que foi como o Império Otomano, ou como o Santo Império Romano da Nação Germânica. Todos esse grandes Impérios tiveram um inicio e um fim inclusivamente o Império Cristão Português.
Que diria D. Afonso Henriques? Diria que somos homens sem objectivo? Ou que somos um povo que gosta de viver na humildade? Foi isso que ele nos ensinou? Penso que não. A lição de D. Afonso Henriques é deduzida de muitas maneiras. O objectivo de querer expandir aquele pequeno condado que em 1 de Novembro de 1143 se tornou Portugal. Ou o querer, ambicionar de querer tudo o que os seu olhos vêm. Gosto de pensar que foi pela Fé, ou por o tal povo de misturas.

Como irá ficar o Ex. Império Cristão Português?

Saturday, October 28, 2006

Frases de uma vida




Há frases que ficam para sempre. Umas, porque nos causaram espécie, foram nos ditas num momento menos oportuno. Depois, há as frases do mento que nos foram queridas mas não foram aquelas que nos fiquem eternamente na memória. E como é obvio as de sempre!

No meu caso tenho uma que me ficou muito relacionada, uma que no momento em que vivia era perfeita. Passo a dize-la: "Deus ao Mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu". Esta frase, citada do livro "A Mensagem" de Fernando Pessoa ficou-me dado ao facto da mensagem ser dada de uma forma brutal. Apesar de querer ser Agrónomo, e de toda a vinha vida estar relacionada com o campo, desenvolvi uma aptidão enorme de relacionamento com o Mar. Pode ser um bocado absurdo mas, quando vou velejar ou surfar, a minha cabeça fica cheia de frases, perguntas e afirmações, é estranho mas, pode ser o Mar a falar comigo. Ou talvez seja apenas a minha imaginação.

Neste momento ando com uma frase que é: "A sorte protege ou audazes". E quanto mais penso nela, mais ela faz sentido. Costuma-mos dizer que as pessoas que têm a vida desejava-mos sortudos. Mas na verdade se ele não for corrupto, teve de trabalhar arduamente mas atingir aquele ponto. Quanto aos corruptos esses, nunca serão ninguém na vida. Vivem sempre presos ao facto de estarem sempre a corromper a lei, e de não serem apanhados.

Posso dizer então que, se viver-mos a vida de maneira que gosta-mos, e se, trabalhar-mos arduamente, vamos ser definitivamente alguém na vida!

Thursday, October 26, 2006

Padrão


O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante navegarei.

A Alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus

E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é Português.

E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.

Fernando Pessoa "Mensagem"

Sunday, October 22, 2006

Um dia fui a Lisboa.



Estava na pastelaria Suíça a lanchar com a minha família quando me lembrei, "eu aqui sou um mero turista! ". Vivi toda a minha vida na Quinta dos meus pais. O cheiro do Alentejo sei eu bem como é, mas o de esta metrópole, a mim é desconhecido.
Gosto desta nova sensação. A sensação de sentir algo de novo, algo diferente. Contudo sendo esta nova experiência dentro do meu próprio país, na metrópole do meu país natal.
O que leva a sentir o enorme desejo de querer viajar, descobrir, viver, renascer, ver.
Porque viajar não é só ver. Viajar remete-nos para usar os cinco sentidos. Sentir com os pés a terra, a areia que piso, com os olhos ver os caminhos que escolho, ouvir a natureza que me envolve, cheirar a velhice das ruas e saborear as boas e antigas comidas da terra. São coisas únicas de terra, para terra, de bairro para bairro.
Nas vielas estreitas da Moraria, estão as velhas a falar, comentar com uma forma de falar diferente das velhas do Bairro Alto, ou mesmo do bairro das Olaias. São coisas que, só neste determinado lugar a oiço. Acabo este post com uma citação "Não há homem completo que não tenha viajado muito, que não tenha mudado vinte vezes de vida e de maneira de pensar" Alphonse de Lamartine.

Wednesday, October 04, 2006

Mundo da Fantasia

Um dia um amigo vira-se para mim diz:
- Não gostavas de abrir a porta para o Mundo da fantasia?
Ao que eu respondo:
- Estou sempre dentro dele.